segunda-feira, 23 de maio de 2011

Osama ou Obama?

O que acho da morte do Bin Laden?
Absurda!! Totalmente absurda.
Acho que não consigo conceber a ideia de se comemorar uma morte. E não sou desses super defensores dos direitos humanos que buscam de todas as formas defender os ‘maus’ dizendo que tiveram uma vida difícil e isso e aquilo. Não. Definitivamente não sou desses.
No entanto, matar uma pessoa e depois ir na tv dizer do poderio que o país possuir por matar um ‘inimigo’. Como a dizer: não ousem me desafiar!! Quer coisa mais medieval? Inacreditável. Vou dizer de novo. Ir na tv e dizer: eu matei, me vangloriem, pois sou o vingador!!! No meu entender isso beira a insanidade.
Seria mesmo necessário usar algum argumento pra dizer que essa atitude só gera, e muito, a intolerância e a necessidade de mais vingança? Na era medieval era só cercar o castelo ou até mesmo a cidade para tentar impedir ações violentas. E hoje? Como faz? O ‘inimigo’ está por toda parte, sem falar na internet que facilita tudo.
Não tenho mais nada a dizer.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Belém: A garça e o urubu

Há tempos penso em escrever sobre essa cidade que nos acolheu: Belém. Belém é algo muito diverso do que se conhece nas regiões mais ricas do pais, sudeste e sul.
Não posso dizer que conheço muitas capitais. Mas também posso dizer que alguma coisa conheço. São Luiz, quase de passagem, São Paulo 2 vezes rapidamente, Brasília algumas vezes, Belo Horizonte, minha cidade natal (sem desmerecer Montes Claros), Vitória onde minha esposa morou algumas meses, são as capitais que conheço.
Existe algo que não se pode descrever ao certo sobre Belém, algo no ar, no céu, nas águas. Todo um clima único e diferente existe nessa cidade. As cores do céu são impressionantes, simplesmente. Elas se alteram com tamanha facilidade que às vezes é preciso ficar atento pra não perder um nuance. E as chuvas, são lindas. E o mais interessante é como a chuva não parece ser empecilho para os moradores. Eles somente a esperam cair, é um tempo de parada obrigatória e até de reflexão para quem é pego na rua quando a chuva cai. Cada um debaixo do seu toldo, em lojas, bares, restaurantes unicamente vendo a chuva cair por alguns minutos, meia hora na maioria das vezes. Ninguém ousa encará-la, tampouco com guarda-chuva, que por aqui é mais útil para se proteger do sol.
A representação de Belém, no meu entender é claramente vislumbrada por dois de seus habitantes mais ilustres: a garça e o urubu. Animais muito presentes no cotidiano da cidade e que não há semelhante no sudeste. São animais de porte e silvestres, mas povoam a cidade, nas ruas e praças.
Um dos atrativos e encantos de Belém são suas praças. Espalhadas pela cidade encantam os moradores da cidade que não cansam de frequentá-las a qualquer hora do dia. E praticam uma enormidade de esportes e atividades físicas em seus contornos. E é numa dessas praças, a praça batista campos, um dos maiores redutos das garças em Belém. Nessa praça as garças reinam tranquilas, mesmo com tamanho movimento e trânsito. Lá entram nos riachos da praça, voam tranquilas, fazem ninhos e descansam nas árvores. São incontáveis garças, sem que jamais alguém as incomode.

Garça na Praça Batista Campos
 A garça ainda é o hóspede principal do Mangal das Garças, uma área aberta a visitação em que vários animais são criados, sendo que para as garças não existem grades, elas se espalham por toda área do mangal livremente. O mangal reproduz o habitat natural de vários animais alem da garça, como a tartaruga, o guará, umas das aves mais bonitas com seu vermelho vivo.

Garças no Mangal

Garça no Mangal
  A garça, portanto representa aquilo que Belém tem de mais belo e exuberante. Representa suas cores, representa a beleza da cidade quase toda rodeada de um mar que é rio. A garça é o que torna Belém única e exótica.
O urubu, no entanto, também representa Belém. Pode ser encontrado mais facilmente que a garça, mas sua morada principal é a feira do ver-o-peso. A maior feira aberta da América Latina, com milhões de cores, cheios e sabores; frutas das mais diversas e peixes de todos os tamanhos é também povoada por urubus. Ao final da feira do peixe no ver-o-peso concentra-se quantidade considerável de urubus que ficam a espreita dos restos de peixe jogados indiscriminadamente nas calçadas e ruas próximas. O lixo que se acumula formando montanhas em que os urubus se alimentam. Ademais sempre há diversos urubus sobrevoando os céus da cidade.

Visão aérea Ver-o-peso
Urubus nas proximidades do Ver-o-peso








 Eu, particularmente, e acho que muitas pessoas do sul do pais (lembrando que sul do país é tudo que não é o norte) tem uma percepção diferente dos urubus. Eles são encarados como animais sujos e que ninguém quer por perto. Existe certo asco inerente aos urubus. Aqui em Belém não. Aqui eles são encarados como animais iguais a todos os outros. Parte da cadeia alimentar e que fazem uma grande contribuição na limpeza da cidade, porque Belém é uma cidade suja.
Bom, fazendo um paralelo, acho que a sujeira da cidade é bem representada pelo urubu,  assim como sua beleza é representada pelas garças. Uma cidade de contrastes. Que eu veementemente aconselho a conhecer.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

Um dolaci vamos ir e .......

Começar a escrever é sempre algo desafiador e complicado. Claro que quando existe o desejo tudo fica mais fácil. Assim, depois de quase 6 meses amadurecendo a ideia iniciaremos uma escrita a quatro mãos, eu e minha esposa.
  Bem, eu nasci em Belo Horizonte, e não sei por que cargas d’água, meus pais me registraram em Montes Claros (seis meses depois do meu nascimento!!). Por muito tempo falava que nasci em Montes Claros, achava legal dizer que nasci no Norte do estado, mas hoje já abandonei esse hábito e já falo que nasci em BH. Minha esposa sempre me zombou por esse meu comportamento ‘nortista’, dizendo que nunca vivi lá, como poderia ser de Moc? Vivi em Belo horizonte por 26 anos e o mais próximo de ficar em outra cidade era quando ia passar férias em Nova Viçosa. Em agosto de 2010 me mudei e estou em Belém.
Com relação à cidade natal da minha esposa é um pouco mais complicado. Nasceu em Conselheiro Lafaiete, mas apenas nasceu, nunca morou lá e sim em Ouro Branco. Mas nesse caso existe um motivo bem simples. Os hospitais de Lafaiete, ou lafayork como diz uma amiga, eram bem melhores que os de ouro branco e seus pais decidiram por realizar o parto naquela cidade, assim como muitos moradores ourobranquenses. No meio do terceiro ano do ensino médio ela saiu de ouro branco com destino a Governador Valadares lá ficando até completar a faculdade. Após a faculdade foi pra Belo Horizonte trabalhar num instituto de pesquisa em BH. Então ela se cansou da bolsa irrisória e foi trabalhar em Vitória. Não gostou e poucos meses depois voltou pra Bh fazer mestrado, dessa vez na federal, em BH mesmo. Quando já havia entrado no doutorado largou pra vir comigo, para Belem. Atualmente ela dá aulas e estuda para concursos.
A parte que fala da esposa é sempre maior, podem reparar, deve ser por que as mulheres gostam de falar mais, então tem que viver mais situações para terem mais coisas pra contar. Sem ofensas.
Agora que já nos apresentamos, vamos apresentar esse espaço. Imaginamos um local onde possamos escrever o que vier à cabeça, mas sem viajar demais. Falar das nossas vidas, nossas viagens, nossa ideias das coisas, falar sobre Belém e as diferenças positivas e negativas em relação à Belo Horizonte ou ao Sul como os belenenses dizem, se referindo a qualquer lugar que não seja norte ou nordeste.
Bom, por hoje é isso.
Ah, esqueci de contar sobre outra integrante da família. A Frida. Nossa cachorra. Que claro, como todos cachorros de mulheres são dados pelos namorados, eu dei a cã pra ela. Fomos num abrigo de cães abandonados e pegamos a Frida bem novinha. E ela vive com a gente há 2 anos, tendo inclusive viajado de avião de Bh pra Belém!! Chique né?
Abraços e até a próxima.